quinta-feira, 1 de março de 2012

De taxa em taxa a prefeitura enche o papo

Já se vão dois anos do início da cobrança da COSIP, taxa que o Prefeito Eduardo Paes embutiu nas contas de luz do Carioca. Diferente do IPTU, a taxa de luz atinge praticamente todos, pois raras residências consomem menos energia que os 80Kw, limite máximo de isenção. Para se ter uma ideia, apenas uma geladeira já gasta, em média, mais da metade disso.

Mesmo com a promessa de campanha de não gerar impostos, o Prefeito entendeu que não seria tão doloroso onerar o cidadão só mais um “pouquinho” por mês. Assim, a cada vinte contas pagas, o cidadão desembolsa o equivalente a vinte e uma.

Até o final da gestão Paes, os contribuintes cariocas pagarão, no mínimo, cerca de R$ 50,00 reais pela COSIP. Se estiverem numa faixa maior de consumo (com contas de luz entre R$ 90,00 e R$ 130,00), esse valor chegará a R$ 156,00. E conforme aumenta a conta de luz, mais sobe a taxa.

E qual o retorno da COSIP para o cidadão? Segundo dados do site Rio Transparente, o orçamento da RIOLUZ diminuiu de 2010 para 2011. Dos cerca de R$ 250 milhões arrecadados nesses dois anos, a Prefeitura previu gastar R$ 134 milhões. Mesmo assim, só R$ 80,5 milhões foram efetivamente gastos.

E o que se vê nas ruas? De dia, desperdício de luzes acesas. À noite, ruas mal iluminadas.

E onde está o dinheiro? Bom, parece que em vez de iluminar a vida do cidadão, essa bolada aponta seu foco de luz para o governo. O orçamento de publicidade da prefeitura deu salto gigantesco e atingiu marca de R$ 150 milhões, número bem parecido com o que a COSIP arrecadou e não gastou com iluminação pública.

Então é isso que o carioca ganha com a COSIP? Photoshop para o Prefeito ficar bem na foto? Certo é que na iluminação pública não se vê nenhuma melhoria e sabemos que, quando falta conteúdo, a propaganda vira a alma do “negócio”. Pena que nesse “negócio” o cidadão só participa da despesa e não dos lucros.

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