domingo, 31 de janeiro de 2010

Amor de eleição não é eterno

A imprensa (só a marrom, evidentemente) anda dizendo que naquele país (nem tão longe daqui), naquele estado (não muito diferente desse daqui), as esferas de Super Poderes estão estremecidas. Trocaram dedinho e estão de mal o estadual GovFofo e seu menino prodígio municipal Duda Olímpico. Já não formam aquela mesma parceria dos velhos tempos em que farreavam com o discurso que a união – além de açúcar – faz a força.

O desgaste da relação de nossos heróis parece ter um pouco de estresse do GovFofo. Como é normal em alguns casamentos, Fofo não dá mais aquela atenção do início quando começaram a namorar.

Fofo não manda mais flores. Não usa mais seu supercarisma para explicar porque deixou a toalha molhada em cima da cama ou não abaixou a tampa do vaso depois do superpipi. Mas até aí tudo bem, qualquer um poderia aturar algumas idiossincrasias pelo amor (ao poder é claro!).

E então vem a ferrugem do tempo que corrói mesmo as melhores relações, principalmente quando os amores não são de verão, mas sim de eleição! E nessa toada eleitoral GovFofo perdeu a paciência. No afã de sair bem em qualquer fotografia, andou reclamando de Duda, dizendo que não bastam os superpoderes olímpicos, tem que ser popular também!

E esse tipo de coisa, quando dita, magoa. Principalmente ao nosso Robin. Duda Olímpico, que já tinha vivido experiência semelhante com seu ex, Cesar Pam, sentiu o golpe e quase voltou para a cigarrilha. Não se pode colocar em cheque a vaidade de quem tem Olímpico no sobrenome.

Desde então não se deixa mais chamar de garoto prodígio. Não quer mais parecer tutelado.

Sei que vivemos num mundo de fofocas e que nem todas – a maioria, aliás – tem fundo de verdade. Mas um passarinho daquele país (não tão longe daqui) veio me dizer que a última briga dos dois foi porque Duda se recusou a viajar com Fofo, que não queria saber de lua de mel. Finalizou a conversa dizendo: “- vai sozinho, ou melhor, leva seu secretário de transportes para andar de metrô, para ver que lá funciona”. Fofo não gostou da resposta e de lá mandou um atropelado postal anunciando para imprensa quem manda na relação olímpica.

Daqui em diante parece que está combinado que só se falam através da assessoria de imprensa.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Paisagem inútil e bem remunerada.

Deve ter algum caráter patológico essa questão da AGETRANSP não reconhecer suas atribuições. Algo parecido com uma dupla personalidade autárquica. Imagine o caro leitor, que a assessoria de imprensa da autarquia foi aos jornais dizer que “a função da Agetransp não é procurar culpados, mas sim abrir processos regulatórios”.

Bom, até onde sei, dentre as atribuições legais da Agetransp estão: fiscalizar e aplicar sanções às concessionárias de serviços públicos em transportes; e resguardar os direitos garantidos pela Lei nº 8.078/90 – Código de Defesa do Consumidor.

Se uma autarquia é responsável pelo “processo regulatório” ela deve disciplinar, supervisionar e ficalizar o setor. Portanto se há algo de errado - e pelo visto em praticamente todas as concessões existem problemas – é dever da Agetransp sim encontrar o culpado e puní-lo!

Parece-me, então, que essa crise de identidade só é conveniente a quem não tem serviço para apresentar e fica fazendo cara de cara de paisagem (bem remunerada, é claro)!

O presidente da autarquia, que segundo o Governador é “do Bem” – e que por isso espero que não siga o pessoal do DEM de Brasília e me apareça com um “Bensalão” – afirmou, segundo o Globo, que não houve estudo formal da agência sobre a viabilidade técnica da ligação direta entre as linhas 1 e 2 do Metrô. Logo depois, surge o Secretário de Transportes com o dito relatório – formal - em punho (quer dizer, com uma resma a qual chamava de relatório), mas se recusou a mostrar o conteúdo para a imprensa.

Em quem devo acreditar? Será que fizeram o estudo e não mostraram ao presidente “do bem”?

Achei “bem” bacana da parte do Secretário dizer que o relatório existe e deixar o presidente numa saia “bem” justa. Só queria que se publicasse esse relatório para ver se ele está “bem” feito, dizendo que os passageiros do metrô ficarão “bem” apertados nos vagões.

Ceticismos a parte já temos um começo: sabemos o que a Agetransp não faz. Ela não faz estudos técnicos (ou faz e não mostra) e não procura culpados. Com relação a defesa do consumidor, prefiro privar o leitor do que tenho vontade de dizer, mas vou lembrar do chicote crachá da Supervia.

Eu, entre tanta estupidez e disse-me-disse, já posso imaginar quem vai pagar (além do povo é claro!) por toda essa inoperância. O culpado será aquele que estava no comando daquele trem fantasma que saiu em disparada outro dia: Ninguém!

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Advogados do metrô: o buraco é mais embaixo

Não há como deixar de comentar a série de reportagens que O Globo vem veiculando sobre a primeira dama do Estado. Mesmo levando em consideração que as denúncias partiram de matérias produzidas pelo jornal Estado de São Paulo, fico aliviado em ver que imprensa fluminense, enfim, resolveu tratar do assunto.

No mérito da matéria propriamente dita, cabe dizer que é no mínimo constrangedor que a primeira dama participe de um escritório de advocacia que patrocina causas de uma concessionária do Estado. Mas pior é se justificar dizendo que ela não participa dos processos.

Até onde sei, a primeira dama não é uma sumidade jurídica. Daí não vai qualquer agressão a sua competência profissional, mas somente a constatação que o quilate jurídico da primeira dama não deve ser tão diferente assim dos outros pelo menos 50 mil advogados inscritos na OAB/RJ. Assim, sua presença ou não como patrona dos processos me parece indiferente. O que parece fazer diferença é se a Primeira Dama, enquanto sócia do escritório, participa do que o Metrô paga ao escritório de advocacia.

Assim, se existe alguma dignidade nesse contexto, é preciso que se venha a público para esclarecer os termos do contrato de honorários firmado com o Metrô e a apresentação de quanto efetivamente a primeira dama se beneficiou disso economicamente.

Enquanto isso não acontecer, a relação permanecerá nublada.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Mapa da Folia

Está chegando o carnaval, uma época do ano muito importante para os brasileiros. E quando se é carioca então, é impossível ignorar a folia. Gostando ou não, no Rio de Janeiro, ninguém consegue ficar distante do carnaval.

Mas eis que surge em nossas vidas o Google. Sua maravilhosa ferramenta de mapas, o Google Maps, combinada com o excelente trabalho do pessoal do blog Diário do Rio de Janeiro, nos proporcionou o mapeamento dos blocos cariocas. Uma lista com todos os blocos da cidade, com a data e hora da concentração. Formidável para quem quer cair na folia (e para quem de toda maneira tenta fugir dela).

A visualização no mapa facilita muito a vida do cidadão. Para aqueles que gostam do carnaval, é interessante para conseguir se programar de forma adequada e aproveitar ao máximo a festa. Para os que não gostam, ou que querem apenas sossego nesse carnaval, o mapa é útil para evitar esbarrar com um bloco indesejado.

São as novas tecnologias facilitando a festa popular mais tradicional do planeta. Bom para o carioca, para o turista, para o folião e para todos que estarão por aqui nessa época. Uma bela iniciativa.

Fica, então, a dica.

domingo, 24 de janeiro de 2010

Copa Almofala

Sexta feira cheguei aos 61 anos. É uma idade curiosa, onde oficialmente me enquadro ao estatuto do idoso, porém não posso exercer a expressão mais simbólica da terceira idade: andar de ônibus sem pagar.

Pois bem, 61 é ser velho sem ter todos os direitos da terceira idade. É estar lá, mas parecendo que ainda falta um pouquinho.

Nessa toada, acho que para me sentir jovem (no sentido terapêutico de estar despreocupado), no final de semana seguinte ao meu aniversário organizo, no playgroud do meu prédio, a Copa Almofala de Futebol de Mesa, também conhecido como jogo de botão, uma tradição genuinamente brasileira.

Explico o nome: Almofala é a terra de meu pai, Seu Diamantino, em Portugal.

E o negócio é sério. Dezesseis jogadores de vários pontos da cidade, numa competição que vem cultivando algumas rivalidades que entrarão para a história. Afinal o futebol (mesmo de mesa) fica muito melhor com o tempero das rivalidades. Todos querem vencer, inclusive eu.

Mas acho que fico jovem demais e meu desempenho não é tão bom quanto nas peladas que jogo em casa (onde sou capaz de jogadas incríveis, juro!). E como o torneio é dureza, separando os meninos (amadores) dos homens (profissionais), acabei caindo nas quartas-de-final.

Nas semi-finas só ficaram os profissionais: Num emocionante confronto, Otávio Mão Suada e seus Rastafaris venceram Karel pelo placar mínimo: 1 x 0. No outro jogo Bruno Independente venceu Márcio Tiumbi pelo elástico placar de 4 x 0, com grande atuação do botão Garrincha, autor de 3 gols.

A final trouxe não só o emocionante confronto entre Otávio Mão Suada e Bruno Independente, trouxe também a disputa entre os até então botões artilheiros da Copa Almofala: Mão Suada com seu Trinta e Cinco (que de atirar tão bem contra o gol deveria se chamar Trinta e Oito) e Independente com Garrincha, capaz de fazer a diferença em uma única partida do torneio fazendo 4 ou 5 gols.

E mais uma vez Otávio levou a melhor na Copa Almofala e se sagrou bicampeão. No primeiro tempo Trinta e Cinco teve um aproveitamento espetacular, jogando para o filó 3 dos 4 disparos que fez ao gol. Otávio pressionou com uma a precisão espetacular nas jogadas. A cada vez que dizia “prepara”, seguia um ritual que não falhava: enxugava o suor da testa com um lado da barra da camisa, no outro lado enxugava as mãos, palhetava e gol!

No segundo tempo bem que Independente tentou reagir. Garrincha ainda fez 2 gols, mas Mão Suada soube jogar com o regulamento e administrar a vantagem, sagrando-se bicampeão.



Abaixo registro a Classificação final os nomes dos participantes:

Semi-finais:
Otavio (Rastafari) 1 x 0 Karel (Grêmio)
Bruno (Independente) 4 x 0 Marcio (Tiumbi)

Final: Otavio 3 x 2 Bruno
3o-4o lugares: Marcio 6 x 3 Karel
Os 16 participantes foram:

1. Paulo Pinheiro
2. Honder
3. Emerson
4. Roberto
5. Orlando
6. Sidney
7. Amilcar
8. Rafael (Fafito)
9. Marcio
10. Bruno Independente
11. Bruno
12. Otavio (Bicampeão-2008/2010)
13. Bernardo
14. Gustavo
15. Karel
16. Bacau

sábado, 23 de janeiro de 2010

A chuva de Sexta e o PEU das Vargens.

Quando você é pediatra, se alguém vem falar contigo sobre um assunto muito técnico como o Plano de Estrutura Urbana - PEU, dá vontade de responder: “- E você, sabe calcular um apgar?!”

Na verdade é isso que eu tenho vontade de responder sempre que alguém começa falar um assunto que não domino. Aprendi isso com um velho engenheiro que retrucava sempre que não entendia algo: “ – e por acaso você sabe o que é flambagem negativa?!”. Acho que de alguma forma nos faz sentir menos ignorantes.

Bom, não sei o que é flambagem negativa, mas PEU eu preciso saber. Faz parte do meu trabalho. É, em apertada síntese, onde se define as regras para construção em cada região da cidade. É uma interferência direta da instituição chamada município na vida do cidadão.

E sabe quando o cidadão se dá conta dessa interferência? Só quando fica com água no joelho (sem galocha!) numa enchente ou quando escorrega no sebo da caixa de gordura que estourou por causa da chuva (sexta, quase levei um tombo por causa disso. Nojento!).

Mas o cidadão não poderia se dar conta antes mesmo. Não houve audiência pública; o projeto surgiu não se sabe bem de onde; e foi apreciado em sessão extraordinária, ou seja, foi colocada em votação de uma hora para outra, ao sabor da mesa diretora. O prefeito disse: o filho não é PEU...quer dizer, meu!

Adiantando-me em pedir desculpas pelo trocadilho (às vezes não consigo me controlar), digo que votei contra, mas virou lei. Fui contra principalmente porque acho que é uma questão que merece um estudo profundo para virar lei. Fora isso é uma irresponsabilidade.

Segundo o ‘pai dos burros’, vargem não é comestível. Vargem quer dizer várzea. E o que diz ‘papai’ sobre várzea? É uma planície, um terreno baixo e plano que margeia rios. Quando chove na várzea, a água demora a ir embora, não tem para onde correr.

Tico não precisa enviar sinais tão fortes ao Teco para chegar à conclusão que uma maior interferência do homem naquela área vai potencializar alagamentos que serão muito mais difíceis de secar do que secou o Aterro do Flamengo sexta, por exemplo.

Não precisa de bola de cristal e nem vai demorar. Principalmente se o prefeito continuar gastando só 34% do que orça para evitar esses problemas.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Coincidência ou castigo?

Não sei quem está mais cheio: ou o saco do carioca (de tanto lero-lero), ou as ruas do Rio (alagadas pela chuva). O fato é que passou das 20:30h e fiquei preso no trânsito, esperando a água baixar para chegar em casa.

Justo hoje, que o Jornal O Dia mostrou que as mazelas da cidade estão justamente na falta de investimentos em macrodrenagem, limpezas de bueiros e galerias pluviais. Só 34% do que foi reservado no orçamento foi realmente aplicado.

Será coincidência ou castigo do Cacique Cobra Coral?

Fiz o estudo desses valores, porque vi a cidade naufragar pelo menos uma vez por semana no último mês. O pior é a resignação, todo mundo acha isso normal!

Quando chove, o choque de ordem parece mais curto-circuito. Esse ‘fio desencapado’ atrasa a vida do cidadão, não só porque ele – assim como eu, que escrevo dentro do meu carro no engarrafamento - perde tempo para chegar em casa. Na verdade, cada vez que chove desse jeito, os alagamentos provocam buracos que arrebentam com os carros, disseminam doenças que afetam a todos, além de outros prejuízos materiais incalculáveis.

Trocando mas por porém, quero dizer o seguinte: os investimentos que a prefeitura deixou de fazer (cerca de R$ 80 milhões), simplesmente sairiam quase de graça em razão da economia feita ao impedir os prejuízos causados pelos alagamentos.

Quando se fala em gestão, é isso que deve ser observado.

Mais uma vez, fica a dica.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Caso de Política ou de Polícia?

A excelente matéria de Dimmi Amora e o artigo do Elio Gaspari (links abaixo) trazem luz aos males sofridos pelo SUS na última década. O Ministério da Saúde, quase sempre alvo de politicagem, fez naufragar a ideia de universalização da saúde através do cartão SUS. R$ 590 milhões gastos para engordar as contas das empresas que prestaram serviços de informática.

Em razão do seu currículo, pensei que quando o Temporão chegasse ao comando do Ministério da Saúde a coisa fosse mudar. Enganei-me. Ninguém que venha do PMDB conseguirá fazer o técnico superar o político!

Como muito bem disse Elio Gaspari, o melhor que o Temporão tem a fazer, mesmo que de forma política, é chamar a polícia.



Temporão precisa dedetizar o Cartão SUS (ELIO GASPARI)

Falido, cartão do SUS gera custo de R$ 401 mi

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

GovFofo, NOSSO SUPER-HERÓI

Num estado não muito longe daqui, mas parecido com esse daqui, me impressionou como seu super governador - queridinho da mídia, também conhecido como GovFofo - vem tratando a questão do transporte púbico. Meu queixo cai a cada vez que esse campeão de audiência fala do assunto.

Quando o Metrô aperta o cidadão, o GovFofo debocha, diz que roda a baiana e mostra sua grande fúria mandando um desaforado email para o presidente do Metrô. Um assombro!

Boquiaberto, não consegui parar de especular: será que ele passou o email do BlackBerry dele com uma mão só, porque não conseguia soltar a outra que estava presa na muvuca do vagão (sem arcondicionado), entre a estação da Presidente Vargas e da Central? Se assim o fez, mostrou sua habilidade de super-herói.

Mas a imaginação não parou por aí. Outro dia a TV a cabo saiu do ar na hora mais importante do meu sábado: no meio de um jogo do Vasco. Fiquei fulo e danei a ligar para a operadora. Eles nem me atenderam, afinal não tenho super poderes. De uma hora para outra o sinal voltou e a minha fúria ficou dispersa dentre a ansiedade de voltar para primeira divisão.

Não tinha atentado para isso na ocasião, mas depois de conhecer o poder do mail desaforado do GovFofo, somei dois mais dois e descobri: deve ter sido esse super-herói que me salvou e nem me dei conta. GovFofo, grande vascaíno, deve ter mandado a operadora restabelecer o sinal. Valeu GovFofo, voltamos para primeira!

Mas surge um novo desafio: um trem da Supervilã sem maquinista em disparada! O GovFofo, cheio de surpresas e diante do novo desafio não reluta, lança mão de todas as armas para defender o cidadão. Da sua super mala de utilidades sacou sua mais nova e super debochada arma secreta: o Super Puxão de Orelha.

Imagino a cena: o GovFofo voando ao lado do trem que ficou desgovernado pelos mal feitos da Supervilã. De repente ele puxa o trem pela orelha, coloca os dois pés no chão e freia o trem com seus sapatos de cromo alemão. Viva!

Ah, essa Supervilã, sempre querendo botar nosso herói em maus lençóis... mas o GovFofo é demais! Salvou as grávidas, os idosos e as criancinhas que estavam no trem. No final de tudo ainda diz humilde e bonachão: “- E não vou deixar de puxar a orelha da concessionária. Mas sem demagogia.”.

Mas que isso GovFofo, será que alguém teve ousadia de pensar em demagogia? Acho pouco provável, principalmente porque a Menina Prodígio da Administração Pública desse estado (que não é muito longe daqui), a atuante e determinada Agetranspalhadas, liderada pelo presidente do “bem”, ficou de anunciar a penalidade da Supervilã em 30 dias.

Supervilã, seus dias estão contados: se o GovFofo já puxou a orelha, a Agetranspalhadas no mínimo vai dar umas palmadas!

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Rio: um trem desgovernado.

O episódio da Supervia nesta segunda feira é simbólico para demostrar o que o (des)Governo do Estado fez em relação ao transporte público: Nada!

(Veja a nota do Jornal O Dia: http://bit.ly/5BH1qF )

O Estado, que se diz incompetente para administrar os serviços, delega e diz que vai fiscalizar, mas cria uma agência que mais parece um cabide de empregos. Não vemos nada que a Agetransp tenha feito em prol da comunidade fluminense. Nos jornais, só notícias sobre a briga política para recondução de seus diretores.

Enquanto isso o cidadão se aperta no Metrô, nas Barcas e trens. Ônibus caem aos pedaços e matam nossos cidadãos.

E o bilhete único? Esse vai servir bem quando não houver engarrafamento...

E agora (des)Governador, o que vai fazer? Passar um email desaforado para o presidente da Supervia?

Socorro o maquinista sumiu (e deve estar em Paris)!

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Verdades em doses homeopáticas.

“Ninguém está imune ao SUS. Nem aqueles que gastam os tubos em Planos de Saúde.”. *Essa frase de um velho amigo profissional de saúde mostra bem a realidade que o sistema atravessa.

Na verdade, recordei do episódio (que fez parte da explicação para um cliente de plano de saúde sobre o encaminhamento de seu tratamento à rede pública de saúde), para ponderar que o cidadão, com medo de ficar entregue ao SUS, gasta boa parte de seu orçamento em planos de saúde e, por esta razão, passa a habitar em seu imaginário que está livre da vala comum das filas, falta de insumos, de equipamentos e profissionais.

Isso em parte pode até ser uma realidade. Mas, quando a questão trata de alta complexidade, a coisa fica um pouco diferente e, por vezes, algum de nossos familiares ou nós mesmos, não temos outra alternativa senão o SUS.

Sob esse aspecto, o jornal “O Globo”, nestas últimas semanas traz verdades homeopáticas ao cidadão que acha que o antídoto ao SUS são os planos de saúde. No dia 10 de janeiro, ‘O Globo’ veiculou uma importante matéria com a Dra. Ligia Bahia, Doutora em Saúde Pública, tratando da questão dos Planos de Saúde. O título (‘Os planos de saúde fazem o que querem’), dá o tom do conteúdo. http://bit.ly/7N2JKI

Uma semana depois, o periódico traz mais uma homeopática dose de realidade com a matéria assinada por Gustavo Poul e Catarina Alencastro: ‘No SUS, pacientes de câncer enfrentam falta de radioterapia e medicamentos modernos’. http://bit.ly/8E8Ehe

Nosso blog recomenda a leitura de ambas e, somando dois mais dois, pondera que todos precisamos do SUS (inclusive os planos de saúde) e devemos tratá-lo bem, pois 99% dos cidadãos brasileiros estão sujeitos a, de alguma forma, depender do sistema para seu auxílio ou de algum familiar .


sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Meio de Campo Vaga-lume

Hoje o Jornal O Globo publicou matéria onde o Gov. Sergio Cabral diz que mandou um email desaforado para o Presidente do Metrô. Até aí tudo bem. Não fez mais que sua obrigação em cobrar do concessionário.

Mas ficam nubladas as seguintes questões:

Cobrou também do seu secretário de transportes?

Copiou o email para o pessoal da AGETRANSP que acabou de ser reconduzido com os votos da base parlamentar do governo na ALERJ?

Seria bom que o Sr. Governador tratasse com respeito a inteligência do cidadão (e eleitor em 2010) Fluminense. Querer tirar o corpo fora dessa questão é uma atitude infeliz.

O que se espera de um Governador é que ele mate no peito os problemas do Estado e bote a bola para rolar, dando ritmo e fazendo o jogo andar (principalmente a rede de transportes públicos). Desse jeito ele só faz se omitir do jogo (como fez nas Barcas, Supervia, etc.). Fica parecendo aquele meio de campo vaga-lume, que só aparece na boa e nunca carrega o piano.

Fica a dica!

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Mais uma que o Prefeito pendura na conta da CMRJ.

Sem coragem de descumprir uma promessa de campanha feita aos universitários, o Prefeito, como Pilatos, lavou as mãos e jogou no colo da CMRJ a responsabilidade pela não aprovação da meia passagem universitária.
Num parecer conjunto de todas as comissões envolvidas, os vereadores foram contrários ao mérito do projeto. Veja a íntegra do parecer no arquivo abaixo.