sábado, 22 de maio de 2010

Várias faces das terceirizações

Não é o primeiro post que escrevo aqui para falar das peripécias das Organizações Sociais que estão atuando no Rio. Pelo jeito também não será o último.

A reportagem do jornal O Globo de hoje mostra a verdadeira face da trágica política de recursos humanos que há anos assola a prefeitura na área de saúde. Entra secretaria e sai secretaria há sempre o foco em terceirizações. Primeiro as cooperativas, agora as Organizações Sociais.

Na mesma semana em que prenderam no Paraná os direitores da OS que trata do programa de saúde da familia em jacarepaguá, O Globo traz mais novidades preocupantes sobre a relação do município com OSs.

Entre saltos e cambalhotas, a matéria destaca que um mesmo grupo há anos vem mantendo contratos milionários com o Município. Começou em 2003 sob a forma de uma cooperativa de médicos, expandiu os negócios abrindo uma empresa para locação de recursos humanos.

A cooperativa sempre era contratada sem licitação. Já as licitações da empresa operadora de recursos humanos, pelo bem público, devem ser seriamente investigadas.

De um tempo para cá, entretanto, apertou o cerco contra a contratação de cooperativas. Então, esse mesmo grupo tomou forma de uma fundação e assinou um contrato de R$ 21 milhões com a atual gestão municipal. Denunciei e, com a ajuda da imprensa, o contrato foi cancelado.

Pedi uma CPI, mas disseram que a mesma era desnecessária porque nada teria sido pago. Foi indeferida.

Agora, esse mesmo grupo está no jornal sob suspeita do “alaranjamento” da empresa e da cooperativa e comandando uma Organização Social com um contrato assinado de R$ 25 milhões.

Isso parece ser só a ponta do iceberg das OSs. Ainda há muito a ser apurado.

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