terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Sou solidário à D. Dilma. Mas não é por isso que vou votar nela.

Fico feliz quando meus leitores me ajudam nas pautas desse espaço. E o comentário da leitora Taina no meu último post, praticamente me obrigou a traçar algumas linhas sobre as declarações do nosso governador sobre a Madonna (vídeo abaixo), ontem, em plena Sapucaí, ao lado da pré(?!)-candidata do PT, D. Dilma.

Confesso que ia deixar passar isso despercebido, mas Taina tem razão e o acontecimento merece um comentário todo especial.





O amigo leitor deve ter percebido que o nosso governador respondeu uma pergunta (feita em português, em pleno Rio de Janeiro, a emissoras nacionais) em inglês. E pior, parece que o professor que ensinou o idioma bretão ao nosso governador foi o mesmo do nosso Joel Santana. Fiquei constrangido!

Mas o que me impressionou não foi a "fluência" do governador e sim a falta de necessidade dele falar em outro idioma. E no meio de tanta vergonha alheia (aquela que sentimos quando presenciamos alguém pagando um mico fenomenal), percebi o ardil que mora no seio do político “macaco velho”. Digo “macaco velho” – expressão antiga – e explico: não põe a mão em cambuca à toa.

Fica claro que a exposição ao ridículo vai render um CQC ou um Pânico na TV. Cabral Top Five!

Em mais, Cabral conseguiu o que os mais bem remunerados marqueteiros não foram capazes de fazer: humanizou D. Dilma.

Vários tentaram e sucumbiram ante a falta de carisma da nossa ministra, que tem ares de tirana, tal qual D. Dayse - minha professora de matemática no Colégio Brasileiro - que entre uma equação de segundo grau e o teorema de Pitágoras, só com o olhar causava arrepios capazes de congelar - mesmo no calor de São Cristóvão - as espinhas dorsais dos alunos que esqueciam de fazer a lição de casa. Um horror!

Não que essa humanização vá me fazer votar nela, mas realmente foi um golpe de mestre. Ao assistir a cara de vergonha que D. Dilma fez quando Cabral disparou o primeiro “Madonna?!, Madonna is...” , inconscientemente fui-lhe solidário. Comunguei com ela o constrangimento. Vi brotar em sua testa uma sincera vontade de sumir!

Minha identificação com a ministra foi imediata. Também diagnostiquei em mim a síndrome do avestruz e, de tanta vergonha (alheia, é claro!), queria enfiar minha cara no primeiro buraco que aparecesse. Não acreditava no que estava vendo e ouvindo. Pior, lia-se no sorriso amarelo da D. Dilma: alguém, por caridade, pode me tirar daqui?

Talvez D. Dilma ainda não saiba, mas vai entrar para os anais da TV cômica brasileira e não duvido que essa fatura chegue a ela caso seja eleita.

Dizem que, como no caso do Joel, já estão preparando o funk do Cabral.

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