sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Quem são os investidores do Metrô?

Pois então pergunto ao amigo leitor: no que ele investe seu dinheiro? Com certeza, a maioria dirá que investe no pagamento das contas domésticas e o que sobra – quando sobra – vai para uma caderneta de poupança ou algum fundo de investimento, daqueles que rendem (segundo os gerentes de bancos) bem, mas que tem uma taxa de administração bem gordinha que acaba ficando elas por elas com a poupança.

Enfim, investimentos comuns para pessoas comuns.

Mas o que dizer aos investidores do Metrô? Quem são esses sujeitos que, segundo o presidente da ALERJ, se sentem ameaçados pela insegurança trazida pela CPI do Metrô?

Pois bem, foram esses investidores que levaram o presidente da ALERJ a, de antemão, dizer que vetará a CPI que, legitimamente, teve seu pedido de abertura subscrito pelo número regimental de Deputados. Um absurdo.

Independentemente de tal atitude antidemocrática, gostaria de ressaltar que não conheço ninguém que queira investir - ao menos com seriedade - no metrô do Rio. Digo isso a julgar pelo serviço prestado, que volta e meia vira alvo de críticas nesse espaço.

Mas convido o leitor a fazer um exercício de imaginação. Imagine-se um magnata do ramo de transportes, alguém com experiência no negócio. Após isso reflita: você investiria seu dinheiro em uma empresa que tem problemas crônicos, reiteradamente denunciados pela mídia e que utiliza artifícios políticos para impedir atos de transparência?

Sim, porque o que a CPI que se propunha traria transparência a essa questão do metrô e isso ocorreria justamente em ano eleitoral. Tal veto, portanto, parece de extrema conveniência ao Governo do Estado.

O que se extrai disso tudo é a ótica daquele que acha que é o rabo que abana o cão. Não são os investidores que se sentem inseguros de colocar dinheiro nos transporte público de maneira geral, são os políticos que não terão “segurança” para buscar tais investidores.

CPI já!

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