segunda-feira, 6 de julho de 2009

Grávidas são "marcadas" como gado!

No mínimo revoltante a maneira como foram tratadas três jovens grávidas que procuraram o Hospital Municipal Miguel Couto, no Leblon. Segundo reportagem do jornal O Globo, elas foram informadas de que não havia vagas na maternidade e que deveriam procurar a Maternidade Fernando Magalhães, em São Cristóvão. Para melhor orientar as grávidas um funcionário do hospital (provavelmente um médico) escreveu com uma caneta no ante-braço das três pacientes, o endereço da maternidade e os números dos ônibus que deveriam usar.

Se essa abominável conduta não fosse o bastante, o mais grave é que uma das pacientes apresentava um quadro obstétrico de emergência (descolamento prematuro da placenta). Precisava de uma cesariana imediatamente. Mas o médico resolveu orientá-las a procurar outro hospital sem a devida cobertura que seria obrigatória, uma ambulância com médico. O recém-nascido faleceu.

É uma situação gravíssima sob vários aspectos: o humano, o técnico e o policial. Assim, como vereador da cidade, estou enviando um requerimento de informações ao secretário municipal de Saúde, em caráter de urgência solicitando agilidade na sindicância. Solicito ainda informações de rotina da secretaria a respeito das transferências de pacientes de hospitais cariocas.

Como ex-diretor do Hospital Miguel Couto, sinto-me profundamente envergonhado com a situação. Como médico ainda mais envergonhado e como cidadão ansioso por uma severa punição a esta atitude ANIMALESCA. São necessárias medidas urgentes para melhorar a qualidade do
atendimento em maternidades infantis cariocas.

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